"Eu me consideraria o mais ditoso dos mortais se pudesse fazer com que os homens se curassem dos seus preconceitos. Chamo de preconceitos não o que nos faz ignorar certas coisas, mas o que nos leva à ignorância de nós mesmos."
Charles-Louis de Secondat, barão de Montesquieu

quinta-feira, 29 de abril de 2010

HISTÓRIA ANTIGA OCIDENTAL – GRÉCIA

Os pais do Ocidente

É considerada a base da cultura ocidental, ao inventar a cidadania, a filosofia, a geométrica o teatro, começou a se formar em 2000 a.C. na península Balcânica, entrou em declínio no século II a.C., quando o território foi ocupado pelos romanos. É dividido em períodos.


  • PERÍODO PRÉ-HOMÉRICO (séc. XX – séc. XII a.C.): Neste período ocorreu a formação do povo grego, da mistura dos: Pelágios, habitantes autóctones, já habitavam a região; Povos indo-europeus, os Áqueos, Jônios e Eólios, chegam à região fugindo da ilha de Creta, mais desenvolvidos e misturam-se aos Pelágios. Surgem as primeiras cidades na Grécia com o desenvolvimento do comércio. Primeira Diáspora Grega: Com a invasão dos Dórios (povo violento e militarizado), as pessoas abandonam as cidades e refugiam-se no campo, causando um retrocesso na cultura grega.
  • PERÍODO HOMÉRICO (séc. XII – séc. VII a.C.): Todas as informações sobre esse período se dá a partir da obra de Romero (a Ilíada e a Odisséia). Como as pessoas fogem para o campo, acontece a formação das comunidades rurais chamadas genos e administrada pelo pater-familis (chefe militar, político e religioso). Crise dos Genos: Com o aumento da população, e a estagnação da produção, houve crise de abastecimento. Para resolver a crise o pater-familis dividirá as terras, privilegiando os seus filhos mais próximos e gerando desigualdades sociais.


  • PERÍODO ARCAICO (séc. VII – séc. VI a.C.): Para protegerem-se de uma possível revolta social, os eupátridas unem-se formando: Eupátridas -> Fratrias -> Tribos -> Demos -> Acrópole. Acrópole: Construção que tinha a função de templo e forte, protegeria os eupátridas em caso de revolta dos thetas. Obs.: Com o desenvolvimento do comércio, acrópole se transforma em Pólis, ou seja, na cidade-estado (base de organização política) grega. Causas para não haver unificação entre cidades-estados: Relevo montanhoso e existência de várias ilhas. Obs.: O desenvolvimento do comércio fez com que os gregos expandissem pelo mar mediterrâneo em busca de novas colônias – Segunda Diáspora. Causas da Segunda Diáspora: Aumento da população; busca de terra fértil e gênero agrícola; e busca por mercado consumidor e fornecedor de matéria-prima.
  • PERÍODO CLÁSSICO (séc. V – séc. IV a.C.): Expansão comercial grega no Mediterrâneo. Guerras Médicas: Conflitos entre Gregos e Persas que disputavam o domínio do Mar Mediterrâneo. Ex.: Platéia, Salamina, Termópilas e Maratona. Liga de Delos: União militar das Pólis gregas para deter um possível ataque persa, no qual Atenas é o principal representante. Imperialismo Ateniense: Século de Péricles (V a.C.), Atenas pega os recursos da Liga de Delos, para consagrar o seu imperialismo. Guerra do Peloponeso: Guerra de Gregos contra Gregos. Causas: O imperialismo ateniense; o desvio dos recursos da Liga de Delos por Atenas; as diferenças ideológicas Atenas (democracia) e Esparta (Oligarquia). “A Guerra do Peloponeso foi o suicídio da Grécia”.


  • PERÍODO HELENÍSTICO (séc. IV – séc. II a.C.): Com a Guerra do Peloponeso, fomes e pestes, as cidades gregas ficaram arrasadas, sendo facilmente conquistadas pelos Macedônios; Felipe II da Macedônia conquista as cidades gregas, mas é assassinado, passando o governo para o seu filho Alexandre. Alexandre: Impõe seu domínio na Grécia, ampliando suas conquistas com o Egito, Mesopotâmia, Pérsia e todo o mundo conhecido, difusão dos idéias de cultura e beleza grega; Formação do Helenismo: Fusão da cultura grega com a cultura oriental, promovida por Alexandre da Macedônia.

  • PERÍODO HELENÍSTICO (séc. IV – séc. II a.C.)

- Depois da Guerra do Peloponeso a Grécia fica arrasada, sendo domínio fácil para outros povos;
- Conquistados pelos Macedônios: Felipe II e Alexandre "O Grande";
- Alexandre: Impõe seu domínio na Grécia;
- Amplia suas conquistas até o Oriente difundindo as idéias de cultura e beleza grega.


ATENAS X ESPARTA


ESPARTA (LACEDEMÔNIA)

  • CARACTERÍSTICAS: Descendentes dos Dórios; militarismo; xenofobia; escravismo; oligarquia – espartano, esparciatas; economia agrícola.
  • ORGANIZAÇÃO SOCIAL: Esparciatas/Espartanos, descendentes dos Dórios, únicos com direitos políticos, eram considerados a elite guerreira de Esparta; Periecos, comerciantes e artesãos estrangeiros livres, existiam em pequena quantidade; Hilotas, descendentes dos mecenhos, habitantes da Laconha, foram transformados na grande massa de escravos.
  • ORGANIZAÇÃO POLÍTICA: Diarquia, governo de dois reis; Gerúsia, órgão formado por 28 homens, maiores de 60 anos, que faziam as leis; Apela, formado por todos os espartanos, maiores de 30 anos, votava as leis; Eforato, composto por cinco membros, eleitos por um ano, fiscalizavam os reis e as leis.


ATENAS

  • CARACTERÍSTICAS: Descendentes dos Aqueus, Jônios e Gólios; humanismo; berço da filosofia; desenvolvimento voltado para as artes e para a cultura; escravismo; democracia.
  • ORGANIZAÇÃO SOCIAL: Eupátridas, eram os latifundiários, únicos com direitos políticos; Geoghois, pequenos e médios produtores rurais; Demiurgos: comerciantes e artesãos estrangeiros livres; Thetas: Trabalhadores sem terras livres; Escravos: não possuíam nenhum tipo de direito; Metecos: estrangeiros.
  • ORGANIZAÇÃO POLÍTICA

- Monarquia: Existiu no início, o poder era exercido por um rei, que era líder político, militar e juiz. Obs.: A aproximação do rei com as camadas populares irritou os Eupátridas, que tira o rei do poder e assume o seu lugar.

- Arcontado: O poder do rei foi para a mão do arcontado, transformando Atenas de uma monarquia, para uma oligarquia. Obs.: O poder nas mãos da elite provoca a revolta dos setores populares obrigando os Eupátridas a criar os legisladores.

- Os Legisladores: A função dos Legisladores eram de criar medidas que apaziguassem as revoltas sociais. Dracon: Transformação das leis orais em escritas. Sólon: Acabou a escravidão por dívidas, criou a participação política de acordo com a riqueza. Criação de novos órgãos – Eclésia (votava as leis) e Bulé (fazia as leis).

- Tirania: Governo de um, apoiado pelo povo. Perístrato: Reforma agrária, concedeu empréstimos a pequenos produtores, desenvolveu o comércio externo e as artes. Obs.: Com a morte de Perístrato, assume os dois filhos: Lipias e Hiparco, mas devido a sua fraqueza foram afastados do poder por Clístenes.

- Democracia: A democracia ateniense era diferente da nossa, pois apesar de participar todos os cidadãos, só era considerado cidadão os homens, maiores de 21 anos, atenienses ou filhos de atenienses e que tivessem uma certa condição econômica, não eram considerados cidadãos mulheres, menores, metecos e escravos. Criação do ostracismo: era uma medida que visava impedir uma nova Tirania e garantir democracia, os cidadãos acusados de ameaçar a democracia perdiam seus bens e era exilado por 10 anos. Obs.: Apesar de Clístenes o criador da democracia grega, seu apogeu deveu-se com Péricles (séc. V a.C.)

  • ARTE E CULTURA GREGA

- Características: Harmonia, equilíbrio, antropocentrismo, racionalismo, base do mundo ocidental.

- Religião: Politeísmo, Deuses antropomórficos, seres imortais que possuíam sentimentos paixão e vícios, era chamado de mitologia, eram imediatistas: pediam coisas do dia-a-dia.

- Teatro: Dividia-se em tragédia e comédia, Sófocles (Édipo Rei), Eupípedes (Medéia).

- Arquitetura, Filosofia, Jogos Olímpicos.



segunda-feira, 19 de abril de 2010

HISTÓRIA ANTIGA - HEBREUS


Povo de origem mesopotâmica, que liderados por Abraão, mas, guiados por Deus, partem em busca da terra prometida (Canaã).


DIVISÃO DA HISTÓRIA HEBRAICA: É divido em Fase dos patriarcas, fase dos juízes e dos reis.

· FASE DOS PATRIARCAS: Liderados por Abraão os Hebreus deixam a mesopotâmia. O Patriarca era o líder do povo hebreu, era o chefe militar, políticos, religioso e juiz. O início da civilização hebraica se dá com a chegada dos hebreus à Canaã, às margens do rio Jordão. No entanto, uma grande fome obriga os hebreus a irem para o Egito. Êxodo: Fuga dos hebreus a eram para o Egito, onde serão escravizados. Os 10 mandamentos: Conjunto de regras morais, jurídicas e religiosas, que reeducaria o povo hebreu. Números: Foi, os quarenta anos que os hebreus vagam no deserto, comemora-se com os tabernáculos.

· FASE DOS JUÍZES: Retorno dos hebreus a Canaã e conflitos com os Filisteus. Houve a divisão dos hebreus em dose tribos (Abraão – Isaac – Jacó – 12 filhos – 12 tribos). Os Juízes: surge a partir da necessidade de unificar os hebreus na luta contra os filisteus.

· FASE DOS REIS: Saul, primeiro rei, foi ungido por Samuel, derrota os filisteus em algumas batalhas. Davi, organiza o exército hebreu, derrota e expulsa os filisteus, organiza o governo e o reino, e escreve os salmos. Salomão, foi marcado pelo apogeu da Civilização hebraica, desenvolvimento do comércio, reformas e melhorias na cidade de Jerusalém, construção do templo de Jerusalém. No entanto, os altos impostos causa o descontentamento da população.


CISMA: Ocorrido após a morte de Salomão, dividiu o povo hebreu em: Reino de Israel, liderado por Geroboão, capital Samaria, formado por 10 tribos; e Reino de Judá, liderado por Roboão, capital Jerusalém, formado por 2 tribos. A causa do cisma foram os altos impostos cobrados por Salomão.


Obs.: Em 756 a.C. os assírios conquistaram e destruíram o reino de Israel; em 586 a.C. os caldeus de Nabucodonossor conquistam e escravizam o reino de Judá (cativeiro da babilônia); em 539 a.C. Ciro I, rei dos persas, liberta os hebreus permitindo o retorno para a terra prometida; em 333 a.C. Alexandre da Macedônia conquista a região. Depois, os romanos conquistam a região, anexando-a com o nome de província da Judéia.


DIÁSPORA: Expulsão dos hebreus de sua terra, pelo imperador romano Tito – 70 d.C. No século XIX começa o movimento sionista (desejo de voltar a Jerusalém); criação do Estado de Israel em 1948.


LEGADO CULTURAL HEBRAICO: Deixaram a religião monoteísta e o velho testamento (tora); Influenciou duas grandes religiões, o Cristianismo e o Islamismo; A diferença entre judaísmo e cristianismo, está na figura de cristo, considerado o messias apenas para os cristãos.


HISTÓRIA ANTIGA - FENÍCIOS




Povo de origem semita que ocupava a margem oriental do mediterrâneo e que ficaram conhecidos como os maiores comerciantes e navegadores da antiguidade.


ECONOMIA: Comercializava praticamente tudo, sendo seu principal produto os tecidos vermelhos. As causas para serem grandes navegadores consistia em que moravam em lugares de solo pobre, localização geográfica favorável.


ORGANIZAÇÃO POLÍTICA: Eram descentralizados politicamente; organizavam-se em cidades-estados independentes; ex.: Biblos, Sidon e Ugarit; essas cidades podiam ser república ou monarquias ou podiam ser administrados pelo sufeta (homem mais velho). Na fenícia predominava a Talassocracia: governo dos comerciantes marítimos.


RELIGIÃO: Eram politeístas (ou seja, cultuavam vários Deuses), praticavam sacrifícios humanos. Ex. de Deuses: Dagon, Baal, Astaroth e Belzebuth.


LEGADO CULTURAL: Invenção do alfabeto.





CIVILIZAÇÃO ANTIGA: PERSAS


Os persas e os medos ocuparam o planalto do Irã por volta do século VIII a.C. inicialmente os medos dominaram os persas até que um príncipe persa, chamado Ciro, dominava os medos iniciando a dinastia dos Aquemênidas.


PRINCIPAIS REIS PERSAS

· CIRO: Conquistou os medos, dando início ao império persa; libertou os hebreus; conquistou os caldeus, acabando com o domínio mesopotâmico;

· CAMBISES: Amplia o império persa com a conquista do Egito (batalha de pelusa – 525 a.C.);

· DÁRIO I: Máxima extensão do Império Persa; criação do dárico (moeda única); criação da estrada real, que ligava Susa a Persépolis e Pasárgada, tinha cerca de 2700 quilômetros, seu objetivo era facilitar a comunicação. Criação do correio real.


DUALISMO RELIGIOSO: o duelo entre as forças do bem e do mal. Tendo como grande profeta Zoroastro, a religião masdeista propagou essas estruturas antagônicas de pensamento na cultura religiosa dos persas


Obs.: Para dinamizar o comércio entre as cidades persas, Dario também promoveu um processo de padronização monetária através da criação de uma moeda única chamada dárico. Paralelamente, um conjunto de estradas que interligavam as principais cidades do império persa – como Pasárgada, Susa e Persépolis – facilitava a circulação de mercadorias e informações pelo território.