"Eu me consideraria o mais ditoso dos mortais se pudesse fazer com que os homens se curassem dos seus preconceitos. Chamo de preconceitos não o que nos faz ignorar certas coisas, mas o que nos leva à ignorância de nós mesmos."
Charles-Louis de Secondat, barão de Montesquieu

sábado, 22 de maio de 2010

IMPÉRIO BIZANTINO



O Império Bizantino, surgiu no Antigo Império Romano do Oriente. Com o passar do tempo afastou-se do mundo latino, aproximando-se dos valores orientais (Gregos).


ECONOMIA: Principal atividade econômica é o comércio. Devido a sua localização geográfica. Constantinopla era o maior centro comercial do mundo. Agricultura: utilizava mão-de-obra servil, destinavam-se a abastecer a população local.


SOCIEDADE: Elite – nobreza, grandes comerciantes, banqueiros etc.; Camada Intermediária – comerciantes, donos de oficina, funcionários públicos; Camada Popular – camponeses, artesãos, servos, escravos, soldados.


POLÍTICA E RELIGIÃO: Em Bizâncio predominava uma teocracia. Cesaropapismo – o governante era o chefe político e religioso; Iconoclastia – proibição à adoração de imagens; Monofisismo – crença em uma única natureza. Obs.: Com o passar do tempo, as diferenças entre a religião romana e bizantina, levou ao surgimento de duas igrejas. Cisma do Oriente (1054), surgimento das: Igreja Católica Apostólica Romana (Roma), Igreja Cristã Ortodoxa (Constantinopla).


GOVERNO DE JUSTINIANO (527 – 565): Deteve as invasões bárbaras; apogeu do império bizantino; altos impostos; construção de obras públicas; construção da igreja de Santa Sophia; Organização das leis romanas (novelas); criação do código “Juris Civilis”. Revolta de Nika – revolta popular contra os altos impostos cobrados por Justiniano.


CAUSAS DA DECADÊNCIA DO IMPÉRIO BIZANTINO: Altos gastos com as conquistas; péssimos governantes; invasão de outros povos; disputa pelo poder entre civis e militares. Obs.: O império bizantino só foi conquistado no ano de 1453 pelos turcos otomanos, fato este que marca o início da Idade Moderna.



IDADE MÉDIA - OS POVOS BÁRBAROS


OS POVOS BÁRBAROS: Povos que habitavam a Germânia; bárbaro, era todo aquele que vivia além das fronteiras romanas, e que tinham uma cultura distinta à cultura Romana.


CAUSAS DAS INVAÇÕES BÁRBARAS: Busca por terras férteis, fascínio pela riqueza de Roma, pressão dos Húnos.


ORGANIZAÇÃO SOCIAL: Não eram organizadas politicamente, nem conheciam o Estado, organizaram-se em – Clã (família), base da organização germânica; Sippe (comunidade), formada pela união de dois clãs; Tribo, formada pela união de Sippes.


DIVISÃO DA SOCIEDADE: Homem-livre, eram os únicos que podiam ser guerreiros; Homem semi-livre, realizavam outras atividades; Escravos, existiam em quantidade insignificante.


ECONOMIA GERMÂNICA: Agrícola, era exercido por povos sedentários; Pastoril, era exercido por povos semi-nômades; Guerreira, era exercido por povos nômades que viviam de guerras e outros povos.


RELIGIÃO: Eram politeístas e animistas (seus deuses representavam forças da natureza). Ex.: Thor, Freia, Loki, Hela, Odin.


DIREITO: Seu direito era consuetudinário; resolviam seus problemas através das ordálias (julgamento de Deus); Wergeld, suavização da vingança de sangue.


INSTITUTOS GERMÂNICAS: Comitatus, troca de proteção e ajuda militar entre chefes e subordinados; Benefitium, doação de terra em troca de ajuda militar.



domingo, 9 de maio de 2010

Roma - Costumes, cultura, cidadania e direito


As origens mitológicas de Roma

Vamos começar nossa jornada à Roma da Antigüidade pela maneira como os próprios romanos contavam o seu passado mais remoto: através de mitos. Segundo a mitologia, os romanos descendem de Enéas, um herói troiano que conseguiu escapar quando os gregos destruíram sua cidade, possivelmente no século 15 a.C. Filho de Vênus, a deusa do amor, Enéas passou por muitas aventuras até chegar à Itália, onde seu filho Ascânio fundaria Alba Longa, o núcleo da futura Roma, que seria fundada por seus descendentes Rômulo e Remo, em 753 a.C.

Rômulo e Remo eram irmãos gêmeos e, após o nascimento, foram atirados ao rio Tibre por ordem de Amúlio, usurpador do trono de Alba Longa. No entanto, conseguiram chegar às margens no sopé do monte Palatino e sobreviveram, sendo amamentados por uma loba. Criados por camponeses, ao chegar à idade adulta, depuseram o usurpador e restituíram ao trono seu avô, Númitor, de quem receberam a missão de fundar uma nova cidade na região do Lácio.

No local escolhido, o monte Palatino, às margens do Tibre, Rômulo traçou um sulco no chão com um arado, demarcando a sua propriedade. Insatisfeito, Remo saltou essa linha sobre a terra, desafiando o irmão, que o matou. Rômulo fundou seu povoado, onde acolheu fugitivos de diversas partes da Itália. Sobre eles reinou durante muito tempo, até desaparecer misteriosamente numa tempestade e se transformar no deus Quirino, uma das principais deidades mitológicas dos romanos.

Origens históricas de Roma

A data lendária (753 a.C.) da fundação de Roma não representa o período mais antigo de ocupação do local onde a cidade surgiu. Vestígios de povoação foram encontrados e remontam à Idade do Bronze. É provável que a cidade tenha surgido de um forte erguido pelos habitantes do Lácio (latinos e sabinos) para defender-se dos etruscos, que dominavam parte da península Itálica. Roma surgiu no topo do monete Palatino e se expandiu graudalmente pelos outros seis montes vizinhos, o Esquilino, o Célio, o Quirinal, o Viminal, o Capitolino e o Aventino. Mas a cidade não parou de crescer ao longo dos séculos.

Primitivamente, a economia romana era baseada em atividades agrárias e pastoris. A propriedade de terra era a base da riqueza, o que evidencia o caráter aristocrático dessa sociedade. Os proprietários de terra eram o grupo social dominante, sendo chamados de patrícios. Através de laços familiares formavam clãs que compreendiam também os parentes pobres que prestavam serviços e eram conhecidos como clientes. Finalmente, quem não pertencesse ao clã era chamado de plebeu. Esse grupo era formado por artesãos, comerciantes, estrangeiros e pequenos proprietários de lotes pouco férteis.

Costumes e cultura

Nesses primeiros tempos, os romanos levavam uma vida simples, trabalhando no campo e alimtando-se de sua própria produção. A modéstia e a disciplina eram consideradas virtudes essenciais. A família era uma instituição sagrada e seu chefe - o pater famílias - tinha poder e direitos ilimitados sobre a mulher, os filhos, os escravos e os bens. O velhos eram respeitados e serviam de exemplo à comunidade. A religião - baseada no culto aos antepassados e a uma multidão de deuses - estava presente em todos os aspectos da vida cotidiana e também tinha um caráter cívico, ou seja, estava ligada à cidade e ao Estado romano.

De resto, com o passar dos tempos, os deuses romanos foram se identificando com os deuses gregos, devido à grande influência que a Grécia - embora fosse dominada por Roma - exerceria sobre ela e sua cultura. Na verdade, a arte grega

foi uma das fontes principais da arte romana. A arquitetura talvez tenha sido a única das artes de então em que os romanos produziram inovações efetivas, em particular devido ao seu pragmatismo. Se para os gregos as principais construções eram os templos, para os romanos importavam os reservatórios de água, os aquedutos, os edifícios públicos, como os tribunais, os circos e os mercados.

Cidadania e direito

Para Roma, o Estado estava acima de tudo e quem estivesse a serviço da res publica (coisa pública) deveria respeitar os deuses, ser leal e corajoso e ambicionar a glória - virtudes que evidenciam o caráter guerreiro que logo se manifestou entre os romanos. A vida do cidadão era regulamentada por leis, que podiam dizer respeito aos negócios do Estado (direito público) e às relações entre famílias e particulares (direito privado).

Vale à pena notar a importância dessa distinção, até hoje fundamental para o funcionamento do estado de direito. No entanto, essas noções bem como as instituições que as traduziram na prática não datam do primeiro momento da história romana, o período monárquico, mas sim do período republicano. Isso, porém, nos obriga a deixar de lado esse esboço das origens e da organização sócio-cultural de Roma para entrar em sua história política - o que requer um capítulo à parte.

  • Texto Retirado do uol educação: http://educacao.uol.com.br/historia/ult1704u72.jhtm

CIVILIZAÇÃO OCIDENTAL – ROMA




FORMAÇÃO DO POVO ROMANO


- ITALIOTAS: Dividiam-se em várias tribos (latinos, sabinos, équos, volscos, úmbrios, calábrios), ocupam a região por volta do século XX a.C. Os latinos exerceram uma hegemonia conquistando as demais tribos.

- ETRUSCOS: Origem desconhecida, chegam por volta do século VIII a.C. comerciantes, destacaram-se dos latinos (agrícolas).

- GREGOS: Ocupavam a porção sul.

Obs.: A formação do povo romano deu-se da mistura entre latinos e etruscos.



DIVISÃO DA HISTÓRIA ROMANA


- MONARQUIA (753 a.C. – 509 a.C.): Formação do povo romano. Período envolto de lendas e mistérios; Fundação de Roma. Surgimento das classes: Patrícios, descendentes dos latinos, latifundiários, únicos com direitos políticos; Clientes, espécie de classe intermediária, vivia agregada aos patrícios; Plebeus, não possuíam direitos políticos. Fundação de novos órgãos: Senado, composto por Patrícios mais velhos, sua função era de fazer as leis; Assembléia centuriata, órgão cuja função era votar as leis do senado. Nesse período Roma era governada por um Rei, que era chefe militar, político, religioso e juiz. Durante esse período Roma foi governada por sete Reis. Obs.: O último Rei de Roma (Tarquínio) era de origem Etrusca, por isso entrou em atrito com os latinos, buscando então apoio entre os plebeus, despertando ira nos patrícios.


- REPÚBLICA (509 a.C. – 27 a.C.): Surgimento dos magistrados, com o fim da Monarquia, o poder que antes era do Rei, passa para as mãos dos funcionários públicos que eram: Cônsul, existiam em número de dois, convocavam o exército e o Senado e resolviam questões externas; Questor, responsável pela administração pública; Censor, levantavam a renda da população; Pretor, responsável pela aplicação da justiça; Édis, responsável pelo abastecimento e vigilância das cidades; Ditador, existiam apenas em época de crise, durava seis meses, concentrava todos os poderes.

· Revoltas Populares e Conquistas Sociais: Inicialmente os plebeus romanos não possuíam nenhum direito, iniciando uma série de revoltas. Conquistas: Lei das 12 tábuas, transformação das leis orais em leis escritas; Tribunato da plebe, participação dos plebeus na política; Lei orgúnia, autorizava os plebeus a participarem das cerimônias religiosas; Lei canuléia, autorizava casamento de plebeus com patrícios; Lei Licínia sextia, acabava a escravidão por dívida. Obs.: Essas conquistas trouxeram mais igualdade para a sociedade romana.

· O Expansionismo Romano e as Guerras Púnicas: O desenvolvimento e a expansão comercial romana colocou Roma e Cartago em colisão, originando as Guerras Púnicas. Primeira Guerra Púnica: Cartago foi vencida, e Sicilia passa para os romanos; Segunda Guerra Púnica: Cartago é derrotado novamente, e Espanha passa para os romanos; Terceira Guerra Púnica: Cartago é completamente destruída e escravizada. Conseqüências das Guerras: Expansionismo territorial romano; aumento do fluxo de riquezas; surgimento dos homens novos (comerciantes que enriqueceram com as guerras); mudança na economia, da agricultura para o comércio; empobrecimento dos plebeus; introdução em massa do trabalho escravo. Obs.: Essas conseqüências trouxeram crise para a República romana, grandes empobrecimento, desemprego etc.

· Os Tribunos da Plebe (Os irmãos Graco): Tibério e Caio Graco (133 a.C. – 123 a.C.) propõe reforma agrária, como meio de diminuir as crises e tensões.

· O Governo dos Generais: O crescimento das crises e tensões sociais levam os generais ao poder. Aproveitando-se de seu prestígio e popularidade, Mário assume o poder. Mario: inicia o governo dos generais; apoiado pelo partido popular, suas atividades hostilizavam o senado; modernização do exército e o combate à crise; Sila: Derrota Mário, assumindo o poder; aumenta os poderes do senado; tenta proclamar-se ditador perpétuo; obs.: Essas medidas causam descontentamento da massa, exigindo a renúncia de Sila.

· O Primeiro Triunvirato: Com a renúncia de Sila, fica um vazio no poder, os generais unem-se para governar Roma conjuntamente: César, Crasso e Pompeu, são os três integrantes. Só que Júlio César dá um golpe e assume o poder.

· O Governo de Júlio César: Construção de obras públicas; limitou a escravidão; ampliou a cidadania romana; combateu a corrupção nas províncias; criou o calendário Juliano; tabelamento de preços; neutralizou o poder do senado; nomeou-se ditador perpetuo; reforma agrária.

· O Segundo Triunvirato: Marco Antônio, Otávio Augusto e Lépido. Otávio Augusto dá um golpe e ascende ao poder, dando início ao Império.


- IMPÉRIO (27 a.C. – 476 d.C.)

· Governo de Otávio (27 a.C. – 14 d.C.): Pensando em controlar Otávio o Senado vai lhe oferecer vários títulos. Tais como: Príncipe, chefe máximo do Senado; Imperador, chefe máximo do exército; Sumopontífice, chefe máximo da religião; Augusto, Divino – início da teocracia romana – passando a ser como deuses; Apoteose, lugar entre os deuses. Obs.: Otávio aproveita esses títulos, fortalece o seu poder e implanta o império. No seu governo houve o desenvolvimento da economia e das artes; dividiu a sociedade romana de acordo com a riqueza para melhor cobrar os impostos; criação da política do Pão e Circo, no qual o governo distribuía o pão e espetáculos para o povo, como meio de distrair a atenção do povo diante dos problemas sociais; adoção da Pax Romana, que foi um intervalo nas conquistas territoriais, para melhor administrar o território já conquistado. Obs.: Após Otávio Augusto, o Império Romano entrará em período de decadência.

· Causas do Declínio de Roma: Péssimos governantes, invasão dos povos bárbaros (germânicos), a anarquia militar, a crise do escravismo e o cristianismo.

· Cristianismo: Edito de Milão, criado por Constantino (313 d.C.), liberava o culto cristão em Roma; Edito da Tassalônica, criado por Teodósio (395 d.C.), oficializava o Cristianismo como a religião de Roma.

· A Queda do Império: 303 d.C., Constantino transfere a capital de Roma para Constantinopla; em 310 d.C., Alarico atava e arrasa Roma; em 395 d.C., Teodósio divide o Império Romano; em 476 d.C., Odoacro conquista Roma, pondo fim ao Império Romano do Ocidente; o Império Romano do Ocidente transforma-se em Império Bizantino.


Legado Cultural Romano:
Cristianismo; Direito; Língua Latina; Instituições políticas; Literatura.